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Gosto de dizer que o passo 9 e 10 são a parte gourmet: a churrasqueira, piscina, a jacuzzi… A parte de luxo da nossa casa! então vamos entender como esses passos vão se encaixar dentro do nosso planejamento financeiro, começando com as estratégias de aquisição de bens.
A primeira coisa que precisamos falar é que comprar é diferente de alugar, parece óbvio, mas hoje em dia é muito comum encontrarmos vídeos na internet ou até influencers fazendo esse tipo de comparação e nos dizendo o que é melhor para nós, a verdade é que só você sabe o que é melhor para a sua vida. Alugar um apartamento ou andar de carro somente com aplicativos em alguns casos pode ser financeiramente mais viável, mas não pode ser comparado com a experiência, conforto e segurança de ter a sua casa e carro próprio (se for esse o seu objetivo).
Aqui não existe certo ou errado, mas para quem já decidiu investir nesse objetivo, vamos fazer algumas comparações e recomendações para que seja feita da melhor forma e máxima economia possível.
Resumindo existem basicamente 3 formas para se adquirir um bem, abaixo cito suas principais vantagens e desvantagens:
À vista
Vantagens: Não possui juros ou parcelas, o bem já está quitado e essa forma de compra ainda pode te dar “poder de barganha” na hora de fechar negócio e conseguir ainda mais desconto com esse tipo de pagamento.
Desvantagens: Descapitalização (podendo perder uma possível “oportunidade” que apareça), o dinheiro poderia estar aplicado e rendendo, além do tempo necessário para poupar e chegar no valor do bem à vista.
Financiamento
Vantagens: Você “adquire” o bem para uso na hora sem precisar ter a quantia total que ele vale naquele momento
Desvantagens: o bem não está no seu nome (ele fica no nome do banco até você quitar toda a dívida), caso você não pague as parcelas, o banco irá tomar de volta o seu bem e vende-lo em leilão. Além disso o prazo da dívida pode chegar a mais de 30 anos, o valor das parcelas pode comprometer outros objetivos de curto/médio e longo prazo, além da saúde do seu planejamento financeiro, privando você de conquistar/realizar outros objetivos intermediários. Fora isso o pior de tudo na minha opinião, é a elevada taxa de juros, que combinada com o prazo pode fazer facilmente com que você pague de 2 a 3 vezes o valor original do bem.
Carta de crédito (consórcio)
Vantagens: Não possui valor de entrada elevado, valor das parcelas, prazo e taxa de “juros” reduzidos (em relação a um financiamento)
Desvantagens: Não necessariamente você adquire o bem na hora, com estratégias de lance fixo e lance livre, isso pode ser acelerado – porém ressalto que não existe garantia de contemplação! É possível fazer estudos e cálculos matemáticos onde a precisão pode chegar a 99%, mas ressalto novamente que não se pode dar garantia de contemplação. Essa forma é mais interessante para quem não tem pressa e está se planejando para adquirir um bem.
Cada uma das formas possui vantagens e desvantagens, podendo se encaixar melhor no seu planejamento dependendo do seu perfil e momento de vida, aqui eu repito que não existe certo ou errado, mas sim, a melhor forma para você atingir o seu objetivo.
É importante fazer todas as contas e simular cada forma de compra de acordo com o seu perfil para entender o que faz mais sentido para você. Na seção de aquisição de bens vamos deixar uma outra matéria detalhada onde você saberá exatamente o passo a passo para calcular a melhor forma de acordo com o seu perfil.
Considerações e recomendações importantes antes de comprar um bem
- Possuir pelo menos 3 meses em reserva de alta liquidez (esse dinheiro não deve ser utilizado para a compra do bem)
- Possuir pelo menos 30% para dar entrada (fora valor da reserva) – pode ser somado o valor disponível no FGTS no caso de compra de imóvel
- Valor da parcela representar no máximo 35% da renda líquida
- Conseguir manter os investimentos de longo prazo
- Ter a intenção de morar no imóvel no mínimo pelos próximos 5 anos (no caso de compra de imóvel)